Isabel Teixeira, deputada do Partido Socialista dos Açores eleita por São Jorge reuniu com os executivos das escolas da ilha de São Jorge, nomeadamente a Escola Básica e Secundária das Velas, a Escola Básica e Secundária da Calheta, a Escola Básica e Integrada do Topo e a Escola Profissional da ilha de São Jorge, os quais expressaram as suas preocupações em relação às dificuldades sentidas no início do ano letivo.

"Durante todas as reuniões que mantive com os Conselhos Executivos das escolas da ilha, ficou evidente o descontentamento pela ausência da Secretária da Educação nas escolas durante a visita estatutária do Governo dos Açores à ilha de São Jorge, que ocorreu em setembro, coincidindo com o início do ano letivo", declarou Isabel Teixeira.

Questões como a falta de docentes e auxiliares de apoio à educação, a falta de formação para trabalhar com manuais digitais, a insuficiência de técnicos superiores de psicologia e terapia da fala, entre outras, foram colocadas nestas reuniões.

Isabel Teixeira destaca que a questão da inadequação dos rácios à realidade das escolas continua a ser uma preocupação. Embora os auxiliares estejam em conformidade com os rácios estabelecidos, “é importante ressaltar que as crianças precisam de oportunidades para brincar tanto nos espaços interiores quanto nos exteriores, bem como no acompanhamento de refeições e isso requer supervisão adequada, que atualmente está em falta”, referiu.

No que diz respeito à Escola Básica e Integrada da Vila do Topo, a deputada destaca que uma alteração ao orçamento, proposta pelo Partido Socialista e aprovada, destinou 100 mil euros para melhorias no edifício da escola. No entanto, apenas 30 mil euros foram utilizados na reparação do parque infantil, apesar de não ser uma necessidade imediata.

Relativamente ao ensino profissional, a parlamentar referiu que a secretaria da educação “limpou as mãos” da importância deste ensino, passando todas as competências para a Secretaria Regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, “sem qualquer aviso prévio aos responsáveis locais”.

“São preocupações que merecem nossa atenção e, mais importante ainda, devem ser uma preocupação primordial para aqueles que estão no governo. Entretanto, quando observamos a ausência da Secretária da Educação durante a sua visita a São Jorge no início do ano letivo, sem demonstrar interesse em se encontrar com qualquer das escolas da ilha, acredito que a situação fala por si mesma”, finalizou.